O Encontro:
Existe um consenso que o mundo atual convive com uma crise energética de grandes proporções. Se em algumas regiões do planeta, notadamente nos países pobres, a crise energética é caracterizada pela deficiência na distribuição da energia para a população mais vulnerável sócio economicamente; nos países de economias mais dinâmicas, a propalada crise energética se alastra devido ao desenvolvimento/crescimento das atividades econômicas e pelo modelo civilizatório baseado na mais produção e mais consumo.
No Brasil, o debate sobre o uso de energias alternativas/renováveis remonta à década de 1970 quando o país tem um freio na sua economia devido a crise internacional do petróleo. Iniciativas como o Proálcool e projetos isolados de captação de energia através de fontes diversas demonstraram que o país ensaiou possiblidades de geração de energias através de fontes alternativas/renováveis. O crescimento das atividades econômicas somados ao parcos investimentos no setor energético, que não acompanharam as demandas por maior geração de energia e modernização do setor levaram aos apagões no começo dos anos 2000.
EEspecialistas do setor energético apontam três alternativas à mitigação das panes do setor, quais sejam: 1) a modernização do sistema de distribuição de energia; 2) a adoção o “smart grid” (redes elétricas de pequeno porte interligadas) na geração e distribuição de energia; 3) a diversificação da matriz energética, o que se insere o uso das energias renováveis e ambientalmente sustentáveis.
Mais recentemente, vem ocorrendo no Brasil a adoção do uso de energias proveniente da geração de energia eólica. Nesse interim, destacam-se os estados do Nordeste e, em especial, o Rio Grande do Norte que conforme justificativa técnica está localizado numa região geográfica privilegiada no que concerne a receber as correntes de ventos dos eixos sul-norte e leste-oeste. A introdução de uma nova atividade econômica no estado sob a justificativa da sustentabilidade ambiental dessa atividade rebate a implicações de ordem socioeconômica no território potiguar.
Portanto, para a reflexão dessas e outras questões, o III Encontros de Socioeconomia do Meio Ambiente e Política Ambiental convida a comunidade acadêmica e sociedade em geral para participar e debater as questões da sustentabilidade ambiental, que no seu terceiro encontro tem como pano de fundo o debate sobre a inserção da energia eólica no Brasil e principalmente no Rio Grande do Norte.
O III SEMAPA faz parte das ações desenvolvidas pelos pesquisadores do encontro, que formam o grupo de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento, localizado no Departamento de Políticas Públicas da UFRN. Este ano o III SEMAPA está sendo realizado em parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Norte, através do Programa de Pós-Graduação em Uso Sustentável dos Recursos Naturais e do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Assim, a realização do III SEMAPA visa consolidar as ações de pesquisa e extensão do grupo iniciadas no I e II encontros SEMAPA realizados em 2013 e 2014. O grupo de pesquisadores que formam o SEMAPA conta com uma rica produção acadêmica composta pela elaboração de quatro dissertações de mestrado finalizadas, trabalhos de conclusão de cursos de graduação e desenvolvimento de pesquisas financiados pelo CNPq, além de diversas ações de extensão com registro formal na Pró reitoria de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
O III Encontros de Socioeconomia do Meio Ambiente e Política Ambiental tem como objetivo geral fomentar o debate sobre questões relativas a Meio Ambiente e Sociedade no Rio Grande do Norte.
Como objetivos específicos, espera-se: a) reunir pesquisadores de formação multidisciplinar interessados com a questão sócio ambiental; b) proporcionar o espaço para apresentação de pesquisas sobre temas relacionadas a socioeconomia e política ambiental no âmbito das ciências sociais e humanas; c) contribuir para a ampliação das discussões sobre temáticas socioeconômicas e ambientais já realizadas na UFRN; d) viabilizar para a sociedade potiguar as discussões de ponta sobre meio ambiente e sociedade; e) consolidar as ações de pesquisa e extensão do grupo SEMAPA.
A partir da realização do III SEMAPA espera-se ampliar o debate sobre as questões socioambientais na UFRN. O encontro pode significar uma oportunidade para fortalecer e “incorporar às práticas acadêmicas e às ações administrativas o princípio de sustentabilidade: ambientalmente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito (ver PDI 2010-2019)”. O III SEMAPA propõe-se, ainda a ser um canal de reflexão entre a sociedade potiguar e a Universidade no que tange a questões ambientais contemporâneas.
O produto da Mesa Redonda, Conferências e papers serão organizados em Anais eletrônicos, podendo ser acessado em formato PDF nos CD´s que serão distribuídos aos participantes do encontro bem como poderão ser acessados no site do evento, com link já reservado http://www.semapa.ufrn.br/. Também, disponibilizados na página eletrônica do evento e canal do youtube https://www.youtube.com/channel/UClo9Xu-zhfK2XQlfoWCdbnQ e grupo do Facebook https://www.facebook.com/groups/1425026014380152/?fref=ts.